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Qual é a quantidade de adoçante que nós podemos consumir diariamente?
Quem usa adoçante artificial, especialmente o aspartame, ficou muito assustado com uma pesquisa realizada na Itália e divulgada no Fantástico. Os estudos feitos em ratos indicaram que o aspartame aumentou o risco de câncer nas cobaias fêmeas.
Mas, será que existe esse perigo para o ser humano? Qual é a quantidade de adoçante que nós podemos consumir?
Os adoçantes são substâncias naturais ou artificiais que substituem o açúcar, adoçando os alimentos com menos calorias para o corpo. Quem não quer engordar ou não pode consumir açúcar, usa adoçantes. Um dos mais utilizados no mundo é o aspartame, adoçante artificial 200 vezes mais doce que o açúcar.
Pesquisadores de Bolonha, na Itália, misturaram doses diferentes de aspartame na ração para alimentar 1,8 mil cobaias durante toda a vida delas, mais ou menos três anos. Isso equivale a 30 ou 40 anos da vida de uma pessoa. A pesquisa indicou que 25%, ou seja, um quarto das cobaias fêmeas de um grupo, tiveram leucemia. Elas receberam a metade do que é permitido aos seres humanos. Depois do resultado, o diretor da Fundação de Oncologia Ramazzini, Morando Sofritti, afirmou que essa quantidade deveria ser revista porque o aspartame também poderia causar câncer no homem.
O estudo italiano foi recebido com reservas por outros pesquisadores. Entre eles, a professora Anita Sachs, responsável pela cadeira de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo. ¿Como é uma pesquisa feita em animais, fica muito difícil transpor isso para os humanos. Acho que esse alerta não deve ser levado em consideração¿, destaca a professora. A quantidade de aspartame que um adulto pode consumir por dia é de 40 miligramas por quilo de peso. ¿Isso representa para um adulto, mais ou menos, 15 saquinhos de aspartame por dia. Fora disso, ninguém sabe o risco que isso pode representar pro ser humano¿, completa Anita. Em gotas, a quantidade fica entre de 60 a 80 gotas por dia.
Outros adoçantes artificiais muito usados são: ciclamato de sódio (que as indústrias colocam em vários alimentos dietéticos) e sacarina (que já foi suspeita de causar câncer, mas depois retirada da lista das substâncias cancerígenas). Vários adoçantes misturam sacarina e ciclamato, mas tem uma desvantagem: o sabor amargo que fica na boca. A sucralose também é um adoçante sintético e que tem o sabor mais parecido com o açúcar. É usado em vários alimentos e uma das vantagens é que não se altera em altas temperaturas.
Os adoçantes naturais mais encontrados são: stévia (planta nativa do Brasil e da China; é o único adoçante de origem vegetal usado na indústria; deixa um pouco de sabor amargo na boca) e frutose (extraída das frutas e do mel, tem um sabor agradável, mas deve ser consumida com moderação porque é mais calórica).
Dra. Anita Sachs Fone: (11) 9387-1230
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